Em entrevista ao canal de televisão SIC Notícias, João Loureiro oficializou a sua intenção de não se recandidatar ao lugar de presidente que ocupa há uma década, colocando assim um ponto final a uma dinastia de 38 anos da sua família no Boavista. A decisão foi explicada quase exclusivamente com aspectos de índole pessoal. "Trabalho no Boavista há 12 anos, há dez como presidente, sem férias ou fins-de-semana. Está na altura de pensar em mim", disse João Loureiro, antes de se mostrar disponível para colaborar com a próxima direcção, designadamente no aumento de capital da SAD. "Penso que posso ser útil, pois tenho alguns contactos, mas não está no meu espírito desempenhar qualquer cargo no clube", disse. Frisando que o Boavista foi descriminado, "em termos autárquicos" na questão da construção do estádio, "numa altura crucial da sua história", João Loureiro não deixou de assumir a responsabilidade pelo que de mau, mas sobretudo de bom, aconteceu no clube. "Como presidente, sinto-me responsável por tudo, como a conquista do título nacional, a Taça de Portugal, a Supertaça, duas presenças na Liga dos Campeões e a meia-final na Taça UEFA", recordou. Quanto ao futuro, João Loureiro referiu ter "outros interesses na vida". "Ao longo destes doze anos fui perdendo a minha alegria natural e, agora, quero recuperar muitas coisas", disse, garantindo que a paixão pelo Boavista se irá manter para sempre. E que a decisão de sair é definitiva.
João Loureiro justificou a sua saída, 12 anos depois, com aspectos pessoais
in O Jogo
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