Força Mister

Três jogos oficiais para o campeonato, dois pontos somados!

Ponto da situação:

**A equipa

Uma equipa totalmente remodelada, jovem, com qualidade, necessitada de tempo e apoio para que as rotinas de jogo e as qualidades dos jogadores evoluam com naturalidade.

Não, não me estou a esquecer que também será necessário trabalhar muito esta equipa – são consequências directas que uma remodelação por si só acarreta e que já todos deveríamos estar à espera.

O trabalho está a ser feito por quem sabe, vamos dar tempo e colher os resultados.

**Os adeptos

As críticas são constantes e a falta de paciência cada vez mais evidente – tudo o que a equipa menos precisa.

Quem, como eu, esteve no Bessa no jogo frente ao Marítimo sabe do que falo.

Compreendo que por vezes seja difícil contermo-nos e apoiar quando as coisas estão menos bem, sobretudo quando o que está em jogo é a equipa do nosso coração, mas se queremos ver crescer esta equipa temos de mudar um pouco de atitude e apoia-los para que eles sintam que estamos e estaremos sempre com eles.

**O que mais me desagrada

As críticas ao Mister Jaime Pacheco.

**O grande Mister – Jaime Pacheco

Não me lembro de ter sido eu o treinador quando fomos campeões, quando fomos à meia-final da taça uefa, quando ficamos em segundo lugar.

Pelos vistos também não devia ser Jaime Pacheco já que o acusam de não perceber nada de futebol, de ser o “caceteiro”, e muitos acham que não deveria estar onde está – razões que me levam a questionar se na altura também o acusavam de tal, se na altura Jaime também não percebia nada de futebol, se na altura também não queriam que ele fosse o treinador.

Pois eu não podia estar mais satisfeito com a escolha e acho que foi a coisa mais positiva que adveio da saída de Jesualdo Ferreira do cargo de treinador do Boavista. Com a sua saída a vinda de Jaime Pacheco era cada vez mais uma hipótese, que só por momentos foi atenuada - recordo, a vinda de Zeljko Petrovic.

Desde então teve que enfrentar muitas contrariedades, começando logo pelo facto de ter que assumir o comando da equipa numa fase má e com jogadores que ele não tinha escolhido. Mas aceitou o desafio e regressou a casa - fê-lo pelo amor que tem ao clube e correu o risco de insucesso.

No final da época decidiu proceder a uma remodelação dos jogadores e do espírito da equipa. Na altura, e face à má campanha da equipa, todos pareciam satisfeitos, assim como eu fiquei. Contudo já todos devíamos estar a prever que uma situação como a actual ocorresse – vai ser necessário tempo, trabalho, apoio e paciência para vermos esta equipa a dar aquilo que pode e deve (acrescento - e vai dar).

Se hoje temos este grau de exigência para com os jogadores, equipa técnica e direcção, será que essa mesma exigência não se deve em grande parte a Jaime Pacheco? Afinal, quem fez por este clube aquilo que ele fez? Quem levou o Boavista a lutar pelos lugares cimeiros da classificação? E além de tudo o que já alcançou, e que poucos ou nenhuns irão conseguir com equipas que não os “3 grandes”, demonstra e assume um grande amor pelo clube – amor esse que muitos não sabem retribuir e sobretudo reconhecer.

Para mim será sempre um ídolo, um conhecedor como poucos do futebol e um exemplo de carácter, dedicação e profissionalismo. E se há alguém que já não tem que provar o seu valor a quem quer que seja, esse alguém é Jaime Pacheco.

Obrigado por tudo Mister.

Para sempre o maior!